Música
Vibe do passado com nome de Clown
Do rock psicodélico dos anos 1970 ao grunge dos 1990, a banda Clown utiliza como referência a produção musical que tem cheiro de mofo e som de válvula
Jô Folha -
Shaka Bullets encontra Célula Soul e, de duas bandas, forma-se uma terceira. O resultado é a Clown, projeto com pegada autoral que realiza uma fusão de estilos entre várias vertentes: blues, grunge, funk e rock’n’roll. O grupo estreou na última sexta-feira no Sherlock Pub, onde apresentou uma prévia de canções próprias e algumas versões de Beatles, Creedence, Red Hot Chilli Peppers, Joe Cocker e Jimmy Hendrix.
Eduardo Machado (vocal e guitarra) e Yuri Barbosa (guitarra) são a cara da Shaka Bullets desde março do ano passado. Luã Funari (baixo) participou da história inicial, antes de virar um duo. Enquanto isso, Stefano Rosa (bateria) vem da Célula Soul, banda em que faz parceria com o seu irmão Bruno, para juntar-se à nova atração da noite pelotense.
O que muda na Clown perante os outros projetos dos integrantes (todos em atividade) é a forma como trabalham as influências musicais e oferecem ao público. “As referências podem ser parecidas, mas a Shaka Bullets, por exemplo, é mais leve, com arranjos eletroacústicos. Já a Clown é mais pesada, psicodélica e suja, com muitas distorções”, explica Eduardo.
O repertório mescla composições próprias em português e inglês. As quatro canções finalizadas funcionam como um cartão de visita do grupo. São atmosferas diferentes, mostrando um pouco de cada uma das fontes de inspiração dos rapazes. “Nada está engessado”, salienta. Nesse sentido, Cinzas é um blues com pegada grunge; Jimmy possui uma vibe setentista com suingue de funk, Universo abstrato é mais reflexiva, finalizando num mantra e, por fim, Manicoma oferece uma levada bem rock para falar das loucuras adormecidas nas pessoas.
REC
O nome do grupo, traduzido do inglês como “palhaço”, foi escolhido por conferir um viés sarcástico. Eduardo conta que possuem um compromisso forte com a banda, mas ao mesmo tempo não se levam a sério, conduzindo o trabalho como lazer e com muita diversão entre amigos. Pretendem explorar essa dualidade nas letras das músicas.
Aliás, o quarteto está em processo de pré-produção do primeiro disco, que deverá contar com dez faixas autorais. A produção é do engenheiro de som Lucas Roma. Apesar das gravações no estúdio estarem em andamento, ainda não há previsão de lançamento.
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